terça-feira, 6 de setembro de 2011
A maior idiota do mundo
Hoje foi um daqueles dias em que tu te sente um fracasso retumbante. Pior: a personificação do fracasso. E a merda se intensifica quando tu te vê incapaz de realizar coisas que deveriam ser simples. Mas não são. Ou são, eu é que devo ser uma anta mesmo. Fruto daquelas escolhas feitas em meio a frangalhos de mim mesma, num momento de quilos a menos e recém rompimentos. Bem feito. Passado da metade do processo, vou até o fim. Não há nada a ser feito: foram gastos dinheiro, tempo e quilômetros. Mas que a frustração toma conta cada vez que um pedregulho imenso que eu não consigo exlplodir avança, ah isso toma. Pepinos gigantes em forma de trabalhos acadêmicos que não são a minha praia. Nunca foram. Aí aquelas dúvidas existenciais te engolem, te fazem perguntar "por que, por que?". Veja bem: publicitária. Nem combina comigo. Mas já disse, vou até o fim. Mesmo exaurida. E nesse dia vazio e caótico que fizeram inclusive uma menção duvidosa (e quase desreipeitosa) sobre preferências sexuais alheias eu só tenho a dizer uma coisa: ingenuidade, eu sou tua garota. As pessoas possuem uma mania infinita e enfadonha de tentar classificar tudo quanto é coisa. Tentam fazer de ti o que não és. Tenho tido cada vez menos paciência, cada vez menos tato. Falta de paciência oriunda de ter que pensar demais nos outros, cuidar demais de tudo pra nada sair do controle. Queria que alguém se importasse pelo menos um pouquinho comigo como eu me importo. Mas sabe quando isso vaio acontecer? Nunca. Porque ninguém pensa em quem está sempre ali pra tudo. Quisera eu puxar o fio da tomada e me desligar. Impossível. Ensinaram-me a ser a filha mais velha, a responsável, a comedida. E quando me dei ao luxo de ser um pouquinho eu mesma, me ferrei. Ando cada vez mais convencida de que a vida não é pra mim, que qualquer possível cagada ainda é luxo na minha existência. Deve ser o peso dos quase vinte e um. Deve ser o peso das escolhas que fiz em detrimento dos outros; outros esses que tornaram-se ingratos. Em dias como hoje em que dá tudo errado, isso fica latejando. O arrependimento pulsa forte. Quando não temos mais quem sinta orgulho de nós, qualquer caminho serve. Não sei como não enlouqueci (mais). A mente segue cantando: "nobody will love you". É, por aí. Sou uma idiota mesmo. A maior de todo o mundo.
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Eu me importo contigo, querida! Temos momentos em que ficamos um pouco afastadas,natural do cotidiano, eu acho. Mas quando nos encontramos quero sempre saber tudo de ti, e das tuas coisas, e das tuas angústias, e das tuas desilusões e alegrias. Sabias disso?! ;****
ResponderExcluirEu sei Mi linda! E sempre me faz muito, muito bem nossas conversas. É que tem momentos em que a gente se sente meio bosta mesmo né? Aprecio demasiadamente nossa amizade e digo o mesmo pra ti, visse? Te adoro ;*
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