domingo, 10 de abril de 2011

Fiquei uns 15 minutos com as mãos sobre o teclado tentando achar uma maneira "bonita" de começar esse texto. Texto aliás que não vai sair como eu quero. Paciência. A semana foi pesada, cheia de nós; e terminou densa também. Aliás, hoje o dia amanheceu tão lindo que o sol chegava a machucar. Por dentro. Desde que comecei a "andar com as próprias pernas" sinto como se todos os dias eu tivesse dragões gigantes pra matar. Dragões internos e externos e acredite: os internos são os mais perigosos, gigantes e complicados de dar fim. Porque eles não morrem, só adormecem. E quando acordam trazem consigo uma fúria tão grande que bagunça tudo. Não gosto de falar sobre eles. Não gosto de falar sobre mim ou o que eu sinto. Aquela confusão gigante voltou. Acreditei tanto ser auto-suficiente que os outros também acreditaram. Paciência de novo. O que a maioria não compreende é que depois de perder alguém importante, qualquer coisa que te deixa trsite, traz à tona milhões de memórias. Milhões de coisas que se foram. Milhões de coisas que a gente procura "matar" todos os dias pra conseguir dormir. E pra conseguir se encontrar. Sem um norte fica difícil. Qualquer coisa que machuque, machuca mais profundo. Qualquer pessoa que se afaste já dói. Qualquer falta e saudade são insuportáveis. Talvez seja exagero e até meio ridículo. Mas é o que eu sinto. Eu sinto, sabe? E por mais que não aparente, qualquer escolha que eu faça, é feita em meia a algumas lágrimas e rabiscos num papel. Porque escrever reorganiza meus dragões. E falar de mim, do que realmente me incomoda é tão escroto. Faço questão de encurtar a conversa e dizer que "to, to bem sim". Que mentira! Meu irmão acabou de passar aqui e perguntar: "tá bem? dormiu quase o dia todo". Adivinha qual foi a resposta? O dia de hoje foi sufocante. E ultimamente as respostas a essa pergunta têm sido mentira. Mas a gente para, inventa outras necessidades e segue em frente. Porque mesmo que amanhã seja segunda-feira e tenha dragões pra matar assim que o sol apontar na janela, vai ficar tudo bem. Porque hoje existir foi um fardo. Eu realmente espero que dê tudo certo...








"Era como se seu corpo se enroscasse numa bola, feito uma página cheia de erros. No entanto, dia após dia, conseguia se desamassar." - A Menina Que Roubava Livros

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