A maioria das coisas que eu costumo "espalhar" por aqui são, na maioria, coisas que eu não consigo dizer pra ninguém. Aliás, eu nunca fui de falar muito do que sinto. Meu jeito. Enfim, hoje eu vou falar do Dia das Mães. Mães, essas mulheres que nos deram a vida e que (eu vejo, eu SEI que todo mundo tem algo pra reclamar da sua) tanto nos ama. Esse dia me dá um misto de inveja e saudade, já que a minha se foi há pouco tempo. Então eu tento me focar no que ela me deixou de bom e, é claro, na minha vó, tias, etc. Mas vamos direto ao ponto. Muitos de nós sempre ouviu que à medida que crescemos, vamos encontrando muito dos nossos pais na gente. Relutamos, negamos, xingamos e dizemos que jamais seremos "chatos". Acredite: vai chegar o dia em que você vai se deparar dizendo e fazendo muito daquilo que seus pais dizem ou fazem. E isso é meio assustador. Ainda mais pra alguém como eu, que tenho alguém sobre a minha responsabilidade. Você vai reclamar da bagunça na casa, vai dizer que tá cansado, vai dar bronca se uma nota vier ruim. Mas, acima de tudo: você vai deixar de ser egoísta. Vai se preocupar com outra pessoa além de você mesmo. Vai se deparar com bilhetes da escola, com apresentações, futebol, machucados. Todas essas coisas chatas que seus pais - principalmente as nossas mães - passaram ou passam por nós. Vai ser responsável, vai ter que cuidar. Mas vai ser gratificante ver que um "serzinho" diz que você é especial, que te chama pra vê-lo jogar bola, mostrar a nota boa no colégio ou dizer que estava com saudades. Uma pergunta que eu sempre me fiz é: como as pessoas conseguem ter filhos sendo que é um comprometimento pra vida toda? Aí eu encontrei a resposta: nossas mães são as mulheres mais guerreiras e maravilhosas do mundo por nos amarem do jeito que somos. E por nos aturarem. Toda vez que você reclamar dela, lembre-se que ela daria e faria qualquer coisa pra nos ver bem. E quer maior generosidade que isso? Hoje eu entendo. Não sou mãe ainda, mas, como certa vez eu li em algum lugar, "pra ser mãe, você precisa deixar de ser filha" e filha eu sei que já não sou mais. Mãe ainda tá longe, mas pensa comigo: tem mulher mais foda que uma mulher que é mãe? Não. A minha era maravilhosa. A sua também é. Portanto, diga que a ama e a faça sentir especial a cada dia que passa. Ela sente orgulho de você. E, ah, nada de deixar a mãe lavar a louça no dia das mães, viu? Que inveja de quem ainda pode abraçar a sua. Saudade de ser a "filha" da Dona Rita. Feliz dia das mães à todas as mulheres que nos querem tão bem.
Meio adiantado, mas tá valendo.
quinta-feira, 28 de abril de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
De novo
Espiar a lua da minha janela é tão mais seguro.
E também solitário.
Faz frio lá fora.
Faz frio aqui dentro.
A lua já foi embora.
E também solitário.
Faz frio lá fora.
Faz frio aqui dentro.
A lua já foi embora.
domingo, 17 de abril de 2011
Tapa na cara.
Entre dias de tédio e noites bizarras há aquele intervalo de tempo em que você para pra ver se o que anda acontecendo realmente faz algum sentido. Se teve batata-frita demais, se realmente era uma mistura de Strokes e Tom Yorke. Se quem sabe aquela tatuagem na mão não era realmente uma caveira, se modes se travestem de Pierrot e assistem Pulp Fiction tomando cerveja. Ou até se a estampa de "pois" da saia transformava-se em desenhos psicodélicos lá pelas tantas da madrugada. Indies deprimidos eram ignorados, havia bigodes falantes - e insuportáveis - eu diria. Conterrâneos que riem sozinhos, dançarinos frenéticos rodopiando na pista de dança e pessoas com sotaques parecidos. Vozes, luzes, flashes e minha amiga pedindo um cover de Supergrass. Ah, tinha uma menina tirando foto também. Suponho que seu nome seja Grace...
domingo, 10 de abril de 2011
Fiquei uns 15 minutos com as mãos sobre o teclado tentando achar uma maneira "bonita" de começar esse texto. Texto aliás que não vai sair como eu quero. Paciência. A semana foi pesada, cheia de nós; e terminou densa também. Aliás, hoje o dia amanheceu tão lindo que o sol chegava a machucar. Por dentro. Desde que comecei a "andar com as próprias pernas" sinto como se todos os dias eu tivesse dragões gigantes pra matar. Dragões internos e externos e acredite: os internos são os mais perigosos, gigantes e complicados de dar fim. Porque eles não morrem, só adormecem. E quando acordam trazem consigo uma fúria tão grande que bagunça tudo. Não gosto de falar sobre eles. Não gosto de falar sobre mim ou o que eu sinto. Aquela confusão gigante voltou. Acreditei tanto ser auto-suficiente que os outros também acreditaram. Paciência de novo. O que a maioria não compreende é que depois de perder alguém importante, qualquer coisa que te deixa trsite, traz à tona milhões de memórias. Milhões de coisas que se foram. Milhões de coisas que a gente procura "matar" todos os dias pra conseguir dormir. E pra conseguir se encontrar. Sem um norte fica difícil. Qualquer coisa que machuque, machuca mais profundo. Qualquer pessoa que se afaste já dói. Qualquer falta e saudade são insuportáveis. Talvez seja exagero e até meio ridículo. Mas é o que eu sinto. Eu sinto, sabe? E por mais que não aparente, qualquer escolha que eu faça, é feita em meia a algumas lágrimas e rabiscos num papel. Porque escrever reorganiza meus dragões. E falar de mim, do que realmente me incomoda é tão escroto. Faço questão de encurtar a conversa e dizer que "to, to bem sim". Que mentira! Meu irmão acabou de passar aqui e perguntar: "tá bem? dormiu quase o dia todo". Adivinha qual foi a resposta? O dia de hoje foi sufocante. E ultimamente as respostas a essa pergunta têm sido mentira. Mas a gente para, inventa outras necessidades e segue em frente. Porque mesmo que amanhã seja segunda-feira e tenha dragões pra matar assim que o sol apontar na janela, vai ficar tudo bem. Porque hoje existir foi um fardo. Eu realmente espero que dê tudo certo...
"Era como se seu corpo se enroscasse numa bola, feito uma página cheia de erros. No entanto, dia após dia, conseguia se desamassar." - A Menina Que Roubava Livros
"Era como se seu corpo se enroscasse numa bola, feito uma página cheia de erros. No entanto, dia após dia, conseguia se desamassar." - A Menina Que Roubava Livros
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Perceptível.
Rascunhei umas coisas ontem de madrugada e até tinha começado a colocar apenas alguns trechos aqui nesse meu confessionário público. Acontece que eu fechei a aba do blog sem querer. Enfim. Ando meio bagunçada por dentro. Eu deixei a porta aberta e entraram algumas coisas e pessoas aqui. Me arrependi de algumas, expus meu mundo e meus vagalumes demais. Agora como faz pra tirar? Ciúme assassino e desmedido esse que tenho. Disfarço com zelo, fica mais bonito. Mas a verdade é que morro de medo de perdê-los. Na verdade nem sei o que eu to falando. Já é tarde, estou com sono, meu corpo dói. Mas minha mente não para de dançar um segundo. Sinto falta, mas não sei do quê. Quero coisas que eu não sinto mais, quero colo às vezes. Faço as pessoas acreditarem que independo de coisas demais, inclusive de afeto. É tão mentira! Ando tão confusa, querendo fazer tantas coisas e nada ao mesmo tempo. Algumas saudades tornaram-se tão insuportáveis, alguns rostos tão patéticos que, sinceramente, não vejo mal algum em optar pela reclusão na minha casa, ao invés de disfarçar tudo isso com cerveja e me sufocar ainda mais. É engraçado que as pessoas escolhem o que é mais fácil ver né? Sei que a partir do momento em que conto minha história, não derramarei uma lágrima sequer e por isso serei subjulgada de forma errônea muitas vezes. Não me faço de coitada, mas sentir-se abandonada tem virado uma constante e isso se torna cada vez mais perceptível. Cada vez mais recuso o efêmero, o fugaz, noites insanas e risadas vazias. Tô abrindo mão, talvez. Nunca sei o que eu quero, mas vou procurar ir atrás do que me faz bem. E de quem me faz bem, seja lá quem for e onde esteja. Faço tantos planos e sou tão "nada". Um nada, um vazio infinito que nunca sai do lugar. Quem sabe um dia alguém veja beleza em alguém tão "bagunçado" como eu. Eu realmente espero que sim.
Foi só o frio que chegou.
Foi só o frio que chegou.
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