domingo, 13 de novembro de 2011

Nada (im)pessoal

Você escreve qualquer coisa em alguma dessas redes sociais e automaticamente as pessoas acham que te conhecem a fundo. Acham que sabem seus gostos, seus medos, que conhecem seus amigos. Bem sabemos que isso não é verdade e que essa falsa intimidade atrapalha muitas vezes. Você pode ler o que eu escrevo e achar que me conhece muito bem quando na maioria das vezes o que parece exposição exagerada é camuflagem. As pessoas abriram mão do contato. Abriram mão de ouvir a voz, de sentir o cheiro, de dialogar, de abraçar. Muitas vezes o que aproxima também afasta, tornamo-nos vítimas do que deveria ser apenas um "complemento", um reforço nas relações (principalmente naquelas em que a distância física atrapalha). Esquecemo-nos de como é bom estar perto de verdade e de como é o olho no olho, o toque. E de como é bom uma gargalhada real e não somente uma sequência de caracteres digitados aleatoriamente. É preciso mais telefonemas, mais cartas, mais calor. Impessoalidade demais esfria a gente, sabe?

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