quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pontos de luz

O quão sublime é encontrar mundos tão diferentes do seu, não é mesmo? Que de tão diferentes chegam a ser iguais pelas vidas nele inseridas. Já reparou? São mundos que talvez nunca alcancemos, são pontos brilhantes de um céu estrelado. Perto ou longe, estão ali (lá). São mundos que me fazem pensar em que lugar a minha vida veio parar. Ou parou. São como os sonhos que eu tive um dia e poder saboreá-los mesmo que distante é algo gratificante. Já disse inúmeras vezes que certas pessoas são destino; não há outra explicação plausível. Simplesmente os nossos caminhos foram desenhados e traçados pra nos chocarmos com os delas (mesmo sendo desenhados nas linhas mais tortuosas que se pode imaginar). Aí você me pergunta: que sonhos um dia tiveste? Um dia sonhei em ser jornalista e sempre quis morar na praia. Acordaria todos os dias 5:30 da manhã pra correr e teria um apartamento que seria “a minha cara”. Mas a vida é implacável no que diz respeito a destruir meus planos. Sempre foi. E mesmo ela me mantendo cativa no mesmo lugar, deparei-me com meus mundos cintilantes. Destino, lembra? Apesar disso, tem dias que canso de estar “à margem”. Tem dias que meu “cativeiro” sufoca. Tem dias que eu sinto saudade do que eu poderia ter sido e não fui. Ainda dá tempo? Não sei dizer. Deve dar, sempre há tempo. Não gosto das coisas que quase chegaram a ser e não foram. Quase histórias. Quase pessoas. Quase mundos. Quase eu. Ou de coisas que me parecem emprestadas e que depois vão ser tomadas de volta. Às vezes tenho a impressão de estar vendo através de um vidro, vendo as coisas acontecer sem mim, apenas como mera espectadora de uma peça que era pra eu estar atuando também. Fico triste. Mas aí me lembro dos pontinhos cintilantes que encontrei pelo caminho. E de repente eles não são mais estrelas longínquas e sim vagalumes. Pequenos pontinhos brilhantes não mais inalcançáveis, mas que podem voar pra perto de mim a qualquer hora trazendo um pouco daquilo que outrora eu quis que fosse meu. Espero ser um pequeno vagalume pra eles também.

2 comentários:

  1. sabe...
    não acredito em destino, sou do tipo cético/científico que acredita em um conjunto de coincidências a nivel global.
    mas esse ponto de vista pode ser cruelmente sem sentido para alguém que tem sua vida em pleno modificada ao se deparar com alguma infeliz coincidência.

    o fato é que somos pontos de luz pra alguém distante e talvez seja bom assim ser...

    ResponderExcluir
  2. eu também não acredito muuuuuuuuuuuito assim..foi só uma forma de dizer que existem coisas que "são para acontecer" e que "isso" deve se chamar destino...

    e sim, todos nós somos um pouquinho cintilantes...

    ResponderExcluir