domingo, 30 de outubro de 2011
"I have decided to be happy, because it is good for my health."
Dissertar sobre a leveza das coisas não é atraente, sabemos disso. Uma grande catástrofe, a solidão, uma decepção forte são bem mais sedutoras: é dali que saem nossas palavras mais bonitas. Mas eu decidi, pelo menos por um tempo, me abster da auto-sabotagem em detrimento dos escritos. Tem sido um tempo bom, com companhias agradáveis, notas boas na faculdade e gargalhadas gostosas. E bem por isso, no meio desse alto astral todo lá surge ela, de óculos escuros e chapéu de praia: a ansiedade. Ansiedade é tipo aquela tia fanfarrona que chega na sua casa e não pára de falar. Não te deixa quieta e gosta de estar presente em tudo: desde a hora que você acorda até a hora de dormir (se é que você vai conseguir dormir porque a "tia" tem uma vozinha estridente irritante). Mas ela não é de todo ruim, o frio na barriga que antecede algum acontecimento ou viagem é muito gostoso de se sentir, por exemplo. O ruim é quando aparecem as expectativas. Essas sim são traiçoeiras! Uma amiga não poderia ter descrito melhor: "O problema não está no comportamento dos outros, mas sim nas suas expectativas. Não espere deles o que você faria, ou faz por eles, diminua suas expectativas acerca dos demais, e perceba a diferença." É fato: esperamos demais dos outros. Às vezes nossas vontades são maiores e saímos culpando meio mundo e a Tia Ansiedade por não termos conseguido "superar" nossas expectativas e nos frustramos à toa. Deixa ser. Quando estamos "leves" atraímos coisas boas pra nós, cada dia mais acredito nisso. E nem depende que aconteçam coisas extraordinárias: é preciso pouco pra estar feliz. É difícil ser simples, mas à medida que as pequenas alegrias se tornam presentes, tudo fica mais bonito. Ando contente e decidi: nada vai manchar esse estado de espírito gostoso em que me encontro e ponto final.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Sei lá
Eu sinceramente não sei qual será o dia em que as palavras aqui proferidas deixarão de vir com data de validade. Essas pequenas já nascem vítimas de efemeridades. Parecem ficar guardadas junto com uma coleção de sorrisos perecíveis num cantinho do meu subconsciente. Aguardo ansiosamente o dia em que poderei deixá-las quietas, sem precisar montar mosaicos verbais procurando algum sentido nisso. Até porque, eu duvido que exista algum.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
As opiniões alheias só começam a incomodar de verdade quando a opinião de apenas uma pessoa importa. Você não sabe se foge, se tenta se cobrir com alguma capa protetora para se manter seguro de possíveis erros. Você só espera profundamente que os tropeços anteriores não a façam desistir, porque não há como apagar isso. Não há como, de repente, você consertar tudo de ruim que fez até aqui. Você torce pra que essa única pessoa te aceite como você realmente é. Cruza os dedos, faz figa. Porque não quer nem pensar no que poderia (não) acontecer se caso ela não aceitasse...
It's driving me mad.
It's driving me mad.
domingo, 2 de outubro de 2011
À prova d'água
Esperei exatos dois meses. Ensaiei, escrevi e ouvi tudo que pudesse me remeter à você. Marquei possíveis encontros mentais e todos deram errado. Até que, por uma forcinha do destino, estavas ali presente com aquele sorriso atencioso que por sessenta dias eu fechava os olhos pra ter comigo. És, para mim, uma incógnita. Não sei se te idealizo, se as pinturas mentais que tenho de ti fazem jus ao que realmente és. Aí tu me apareces e mostra, indiretamente, que sim. Se todos os meus diálogos ensaiados dessem certo, te diria que adoro quando te vejo. Se minha timidez permitisse, te responderia que adoraria que você viesse à minha cidade mais uma vez (ou infinitas vezes) e que minha casa está sempre aberta. Diria que ninguém até então tinha conseguido furar o escudo invisível que construí para me defender como tu conseguiste. E que ninguém, até o presente momento, tinha tomado de assalto meus pensamentos. Diria que, apesar de seres uma incógnita, tem um sorriso lindo. Que adoro teus cabelos. E que eu me sinto uma babaca por não saber dialogar decentemente contigo cada vez que me diriges a palavra. Queria te descobrir. Queria te mostrar coisas da minha personalidade que talvez te fizessem rir. Te diria que eu não entendo muito de cinema, mas que poderíamos assistir todos os seriados possíveis. Que te escreveria coisas lindas. Que ainda quero te ver acordar mais vezes... Enfim, demonstraria mais. Deixaria de criar situações utópicas e agiria. Talvez o que escrevo já demonstre. Ou talvez seja pouco. Viajei quatros horas pensando nisso. E na saudade antecipada que sentiria do lugar que estava voltando. Engolia o choro e o suco de uva com maestria, até que transbordou. Não me contive. Quem sabe deva me conter menos nesse aspecto mesmo. Ainda bem que o rímel era à prova d'água.
"Qualquer coisa que precisar, dá um toque."
Eu preciso.
"Qualquer coisa que precisar, dá um toque."
Eu preciso.
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