segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Sai um, vem outro.

Todo começo de ano é a mesma coisa: parece que um chumaço de algodão ocupa a minha cabeça. Parece sempre que me é dado um grande painel em branco pra eu "pintar" o que quiser durante a passagem do ano. Mas tem coisa que a gente não quer que mude né? Tem coisas que a gente quer que permaneçam porque eu, mais do que ninguém, estou farta de perdas. Ou de substituições. É trabalhoso e cansativo construir todo e qualquer relacionamento: seja de amizade, seja conjugal, profissional. E eu tenho um problema bem babaca de superestimar as pessoas que fazem parte da minha vida. Algumas delas mudam, outras dizem querer sumir, outras simplesmente não permanecem. Mas e eu? Bom, eu detesto despedidas quando não sou que estou partindo. Egoísta assim. Gosto de deixar saudade, não de senti-la. E aquele abraço de despedida que não foi dado? E o que foi dado, que gosto deixou? Amargo, certamente. Todo ano alguém vai embora. Todo ano alguém chega de mala e cuia. Esse estica-e-puxa uma hora vai acabar por partir alguma coisa aqui dentro. Não consigo pedir a ninguém que fique, apenas que mande um cartão postal de lugar nenhum. Notícias quem sabe, ou uma foto com uma dedicatória bonita. Espero que sintam saudade como eu sinto. Saudade traiçoeira essa. Espero até a volta também. É o jeito: esperar pra (não mais) ver.




Feliz ano novo.

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